NUMA SALA DE REBOCO

Foto Lília Guedes Lins

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco

Enquanto o fole tá fungando tá gemendo
Vou dançando e vou dizendo meu sofrer pra ela só
E ninguém nota que eu estou lhe conversando
E nosso amor vai aumentando
Pra que coisa mais melhor?

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco

Só fico triste quando o dia amanhece
Ai, meu Deus se eu pudesse acabar a separação
Pra nós viver igualado a sanguessuga
E nosso amor pede mais fuga do que essa que nos dão

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco


Busto de Luiz Gonzaga, de autoria do artista Caxiado, doado pelo mesmo ao museu do forró.

Luiz Gonzaga do Nascimento (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baião.
Foi uma das mais completas e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado. Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil e Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem Giló (1949), Baião de Dois (1950) e Numa sala de reboco, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964).



Comentários

Unknown disse…
Excelente postagem.

Beijo e bom final de semana.
Unknown disse…
Ângela querida, só de falar deste legendário já nos dá arrepio. Muito bom mesmo sua sanfona cantava a sifônia dos pobres dos sertões, levando as tristezas mesmo que fosse embalado pelo um gole de cachaça.
Estive em Fortaleza neste final de ano, quero dizer que foi maravilhoso.
Além disso visitei vários lugares, inclusive o sertão. Voltei maravilhada com tudo que vivemos lá. Do peixe ao caranguejo da galinha caipira ao capote, aqui no Sul a galinha da Angola. Enfim além das paisagens, as prais, a colunária é maravilhosa. Lugares que ainda existem prais virgens. Lindo!!!
Parabéns para nossa Fortaleza!!!
Beijos!
Sônia Pachelle disse…
Olá Angela,

Bem lembrado, uma poesia do nosso artista brilhante.

abraços,


sonia.
MM´s disse…
Realmente ele foi único e foi dos grandes de nossa musica.
Muito bom.
abraços
Marcia
visita disse…
Olá Ângela! Parabéns pela criação deste blog. Fiquei feliz por encontrar uma obra minha seu blog.
Obrigado pela atenção.
Gostaria que conhecesse melhor meu trabalho. veja:www.artedecaxiado.com
Sucesso com abraços. Tita Caxiado

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